A Anti Filmes e Boulevard Filmes, em coprodução com o Canal Curta, apresentam o longa-metragem "Grupo de Bagé", de Zeca Brito. O documentário narra a história e o legado do Grupo de Bagé, movimento artístico surgido nos anos 1940, protagonizado pelos pintores e gravadores Glênio Bianchetti, Glauco Rodrigues, Carlos Scliar e Danúbio Gonçalves.
O documentário será exibido em Bagé, no dia 18 de maio, sexta-feira, às 20h, no Museu da Gravura Brasileira (R. Cel. Azambuja, 18), Teatro da Urcamp. O evento é gratuito e aberto à comunidade. Junto ao lançamento do filme, acontece a exposição "Grupo de Bagé - o que nos conecta?", com obras originais dos artistas. A produção do longa é assinada pelo diretor, Letícia Friedrich, Frederico Ruas e Lourenço Sant'Anna.
"A ideia de fazer um filme sobre o movimento artístico é algo que me acompanha há muito tempo. Nasci em Bagé e minha iniciação em artes foi através da gravura. Um filme sobre esses heróis é uma maneira de agradecer pelo caminho que eles abriram para muitos artistas", acredita Zeca Brito, que assina o roteiro junto com Gladimir Aguzzi. Para o cineasta, o Grupo de Bagé fez da gravura uma maneira de popularizar a arte, com temáticas realistas e de denúncia social. Um dos temas de destaque do documentário é a apropriação do trabalho do grupo pelo sistema das artes brasileiras, do pampa gaúcho aos palácios de Brasília.
O longa conta com depoimentos de teóricos como Néstor García Canclini e Nicolas Bourriaud, e os artistas Anico Herskovits e Cildo Meireles, entre outros, que investigam a trajetória do grupo. "Partimos de uma recuperação biográfica e histórica do Grupo de Bagé, a contextualização artística, cultural e política da região em que viviam nos anos 1940. Buscamos recuperar e compreender os elementos que estabeleceram as condições para que os jovens artistas alcançassem uma identidade estética própria e, cada um à sua maneira, conduzissem os ideais e as características artísticas e políticas do grupo que criaram", resume Brito.