Na segunda-feira (14), a Prefeitura de Bagé teve bloqueados da conta cerca de R$ 4,2 milhões pela justiça, em virtude da falta de pagamentos de precatórios em 2016, último ano do governo anterior (PT) na cidade. A situação instalada comprometeria o pagamento do salário dos funcionários nos próximos meses, porém a situação foi revertida pelo prefeito Divaldo Lara e o procurador do município Heitor Gularte, com participação do deputado estadual, Luís Augusto Lara.
Segundo Gularte, o governo anterior deveria pagar um somatório mensal, no entanto, cumpria com apenas 10% dos valores devidos após condenação judicial definitiva. A questão foi resolvida em Porto Alegre nesta terça-feira (15), quando Gularte e Divaldo se reuniram com a juíza desembargadora do Tribunal de Justiça e diretora dos precatórios, Dra. Alessandra Abrão, que é quem comanda o assunto junto ao Tribunal de Justiça. Após duas horas de duração, com diversos argumentos das autoridades bageenses, as contas foram liberadas, principalmente por cumprir a lei e criar a Câmara de Conciliação, órgão que acorda com os credores para que os valores devidos sejam pagos de forma mais rápida e com deságio. Esta Câmara é a única no interior do estado e funciona também para credores do estado do Rio Grande do Sul e da cidade de Porto Alegre.
A atual administração ainda tem uma dívida de R$ 58 milhões a ser paga e precisa ser quitada até 2024. Também segundo o procurador, o município já quitou R$ 3 milhões nestes primeiros 16 meses de governo. Ainda são necessários pagar R$ 315 mil mensais de precatórios mais a quantia de R$ 4,2 milhões até o dia 31 de dezembro deste ano. Para amenizar estas dívidas, o município venderá imóveis para cumprir com os pagamentos.