Em um encontro realizado na manhã de hoje (27), na Coordenadoria da Mulher, vinculada à Secretaria de Assistência Social, Habitação e Direitos do Idoso (Smasi), assistentes sociais, psicólogo, advogadas e líderes sindicais conversaram sobre violência doméstica. De acordo com a administradora da coordenadoria, Bernardete Pereira, o objetivo é apresentar dados sobre violência contra mulher e conscientizar os líderes da importância do tema.
Em sua fala, a presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Bagé (Sindicom), Mara Caldeira Aveiro, pontuou que a discriminação de gênero ainda é muito forte, não só no ambiente familiar como também no trabalho. "Muitas vezes homens nos designam tarefas domésticas sem perceber que é discriminatório, como se lavar louça fosse atividade exclusivamente feminina, por exemplo. É uma cultura que liga a mulher aos cuidados de limpeza e zelo que precisa ser revista", afirma.
A advogada da coordenadoria, Luciana Paiva, expôs que, no Brasil, a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal. Os dados são do Instituto Maria da Penha. "Primeiramente, as mulheres precisam aprender a identificar a violência. Muitas passam por situações de agressão verbal, mas como não são agredidas fisicamente, consentem o abuso psicológico", observa.
Entre as iniciativas que foram tratadas na ocasião, que também contou com a presença das representantes dos sindicatos dos Municipários de Bagé (Simba), Suzi Hélen Duarte, e dos Bancários, Célia Pimentas, foi a elaboração de reuniões entre associadas das entidades e assistentes sociais para discutir o tema. O Sindicom afirmou que deve estabelecer contato com empresas de grande número de funcionários para que sejam realizadas palestras educativas nos locais.