O agronegócio gaúcho registrou aumento de mais de 20 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre. É o que indicam os dados divulgados pelo Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE. Além de estatísticas do emprego formal celetista do agronegócio, a pesquisa também indica o desempenho das exportações do agronegócio nos três primeiros meses do ano.
No primeiro trimestre de 2016, houve ganho de 21.069 postos de trabalho com carteira assinada criados no agronegócio do Rio Grande do Sul. Essa é a diferença entre o número de admissões (64.227) e de desligamentos (43.158) de trabalhadores formais celetistas nas atividades que compõem o setor.
O RS foi o estado brasileiro com maior criação de vagas, seguido por Mato Grosso (8.567 postos) e Goiás (8.355 postos). No Brasil, houve redução de 14.567 postos de trabalho no setor no primeiro trimestre de 2016. Apesar do saldo positivo, o estoque do emprego formal do agronegócio gaúcho ficou negativo. No comparativo do primeiro trimestre de 2016 com o primeiro trimestre do ano passado, o recuo de empregos com carteira assinada no agronegócio gaúcho foi de 0,6%.
O que explica o saldo positivo do emprego com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano foi o desempenho do segmento "depois da porteira", que na cadeia do agronegócio se refere às etapas de transporte, armazenagem, industrialização, distribuição e comercialização. Os principais setores que contrataram no primeiro trimestre foram os de fabricação de produtos do fumo e de comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais. Já o setor de fabricação de conservas foi o que mais perdeu empregos no primeiro trimestre na agroindústria gaúcha.
Os municípios gaúchos que registraram maior criação de empregos com carteira assinada em 2016 foram Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, tradicionais produtores e beneficiadores de fumo. Vacaria e Bom Jesus se destacaram pelos empregos temporários criados na atividade de colheita da safra de maçã. Morro Redondo, Fazenda Vilanova e Cruz Alta tiveram saldo negativo de empregos com carteira assinada.